A lua cheia no céu
E um barquinho no mar.
As ondas num vaivém,
O oceano a bailar.
Outono é a estação,
E o meu pobre coração,
Faz o verso lacrimar.
Congruências de belezas,
Entre as tardes outonais,
Anunciam fortes chuvas,
Para as noites invernais.
Transição entre Estações,
Surgem raios e trovões,
Em cenários abissais.
Flores respondem aos ventos,
Mas o verde predomina.
O meu coração palpita,
E esta cena me ilumina.
A música me enternece,
Eu rogo aos céus uma prece,
E o poema me domina.
Poesia da manhã,
No balançar deste mar.
Flores, verde, natureza,
Um barquinho pra pescar.
Cena do cotidiano,
Todo dia e todo o ano,
Céu azul, vento a bailar.
Em cenário magistral
A natureza delira.
As ondas no mar se movem,
E tudo no céu conspira.
As pedras são solidez,
Se exibem com altivez,
E tudo ao redor me inspira.
Acenos de uma manhã...
A cada nota, um suspiro.
Estamos em fins de Outono,
Me recolho ao meu retiro.
No peito, sinto um sintoma,
E o jardim, exala aroma,
Novos ares, eu respiro.
* Poema do livro "As Quatro Estações", a ser lançado pelo autor