A ssim como as montanhas nos ensinam a transcendência, isto é, sair da horizontalidade para a verticalidade, as pontes nos ensinam a superar...

Pontes e metáforas


Assim como as montanhas nos ensinam a transcendência, isto é, sair da horizontalidade para a verticalidade, as pontes nos ensinam a superar os abismos do caminho.
Graças às pontes, fabricadas pelo homem, os obstáculos são superados. Elas facilitam a comunicação, assim como os túneis. Vá o leitor perdoando a obviedade do cronista, mas, é muito agradável passar pelas pontes, contemplando as paisagens lá embaixo. As pontes são excelentes símbolos de confraternização.
Estou me lembrando agora mesmo das pontes de algumas cidades que visitei, nas minhas viagens fora do país. E a primeira que me salta à memória é a bonita ponte vermelha de São Francisco da Califórnia, uma de suas maiores atrações turísticas, na qual tive a agradável emoção de passar, contemplando, à distância, a grande metrópole com suas luzes.
E o que dizer da Harbour Bridge de Sidney, lá na Austrália? Muito bela. E a pequena Veneza, construída dentro d'água, não poderia dispensar as pontes, que são muitas, embora pequenas.
Mas, aqui para nós, há uma ponte que mais me impressionou pela sua extensão, e que, quando a avistei, não quis acreditar no que estava vendo. Adivinhe o leitor onde foi que vi tão belo trabalho da engenharia. Foi na doce Lisboa. A ponte se chama Vasco da Gama, com seus 15 quilômetros de extensão. Passa orgulhosa e gigantesca por cima do rio Tejo. E aqui para nós, vale a pena ver esta imensa obra humana, e, se puder, dirigindo um automóvel em cima dela, como fizemos. Ah, brasileiros atrevidos! Diante da ponte Vasco da Gama, a de Salazar, na mesma Lisboa, fica até com inveja...
Graças à ponte Vasco da Gama você pode visitar as belas lojas do tipo “outlet”, do Freeport, a preço de fábrica, e outras novidades turísticas.
Lembro de outras, como as de Budapeste, Praga, Florença, e as belas pontes de Paris, por cima do Sena. Como eu as admiro, sobretudo pela sua função de vencer os obstáculos do caminho. E metaforizando, direi que devemos, na vida, ser pontes. Jamais abismos. E não esquecer que o próximo é a ponte que nos leva a Deus.
Mas a fome chegou e eu vou retirando os dedos do teclado deste computador. Antes, porém, leio no jornal que em Campina Grande acaba de ser inaugurada uma ponte feita de material reciclado sobre o açude Bodocongó. Que beleza. Campina sempre com suas singularidades e autenticidades.

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