Uma homenagem ao meu pai, falecido em 01 de agosto de 2011.
(José Olímpio de Queiroga Filho - 13/08/1922 + 01/08/2011.)
(José Olímpio de Queiroga Filho - 13/08/1922 + 01/08/2011.)
Meu beijo saudoso, Dedé!
Acordei pensando nele, será o primeiro dia dos pais sem o “meu velho".
Corri pra registrar e só então vieram-me as primeiras lágrimas, ausentes na última despedida.
Continuava intrigado, por que será que não chorei, como meus inúmeros irmãos?
GD'Art
Eu fui muito feliz com meu pai; recebi dele o amor que, pródigo, distribuiu com fartura. Desfrutei de seus conselhos, admirei-o, imitei-o com orgulho, pude ser seu amigo e, por fim, recebi a grata honraria de ser seu cuidador.
Revirando na mente o baú de presentes que me legou, encontrei muitos e valiosos. Alguns simples e passageiros como o gosto pelos carros e a busca permanente pelo Eldorado, onde “juntaríamos o cobre com os dois pés e as duas mãos”; outros menos visíveis, porém mais valiosos, como a certeza de que o melhor carro é sempre o nosso, independentemente de cor, estilo, grife etc; e que o dinheiro só tem valor se formos livres para usá-lo como quisermos, colocando-o no justo lugar, de preferência, em seu caso, num carro novo. Este sim agora o melhor.
Ganhei incontáveis conselhos, quase sempre sobre a difícil prudência, "— Escolhe bem tuas companhias, meu filho!", acho que aproveitei bem, a qualidade dos meus amigos deve depor a meu favor.
Stelo Queiroga e seu pai, José Olímpio
Hoje concluo que a felicidade e alegria de viver que eram só suas, provinham principalmente deste prazer, poder amar e ajudar aos outros.
Lembro-me agora, do orgulho que meu pai sentia pela oportunidade de ter cuidado do meu avô na velhice do mesmo e agradeço a Deus por ter me concedido igual graça, pois entre tantos e amados filhos de sangue e de coração, fui agraciado com tão grande honraria.
Por fim, perdoem-me se possível, acho que não chorei porque, além do sentimento de dever cumprido, sinto que o devolvi feliz(eu e ele) ao Criador.
José Olímpio Queiroga Filho
Deus sabe, e cuida dele agora.
(Desce o pano e o pranto…)