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O amor é um perfume

Em uma das belas narrativas do Evangelho, uma mulher, tida como pecadora, achou de entrar na casa de um fariseu importante, onde Jesus se encontrava. Ao ver o mestre, não se conteve: correu até ele e derramou na Sua cabeça um vaso cheio de perfume caríssimo. Em seguida – aí é que está a poesia daquele gesto de ternura feminina – a mulher enxugou os pés de Jesus com os seus longos cabelos.

Que escândalo! Que atrevimento! Que falta de respeito! Assim pensaram muitos. E depois o perfume era de alto preço. Como foi que essa mulher, que não era rica, conseguiu tão rara essência? O fato chocou muita gente a começar pelo próprio dono da casa, o fariseu Simão. E qual foi a reação do Mestre? Será que ele não repeliu tamanha insolência? E logo ela, que era uma mulher pecadora... Quase todos os convivas estavam indignados com aquela intrusa.

O perfume, porém, se irradiou por toda a casa. E quem resiste a um bom perfume? Como se sabe, o perfume vem das flores, e é atraído por ele que as borboletas, os beija-flores e os besouros transitam pelos jardins. O perfume é uma linguagem. Mais do que uma linguagem. É uma mensagem. Deus perfumou os frutos, as flores, as árvores para embelezar a vida. O perfume identifica as pessoas.

Jesus comoveu-se diante daquele gesto de amor. E esse gesto se tornou ainda mais sublime porque veio de uma mulher rejeitada, discriminada e humilhada. Ela não era rica, não pertencia à elite. Mas o seu coração, assim como o vaso de alabastro, continha um perfume bastante raro: o perfume do amor. O amor, como o perfume, não se vê. O amor se sente. E Jesus, que tudo ouvia em silêncio, argumentou: "Por que molestai esta mulher? Ela apenas praticou uma boa ação".

Mas, os egoístas, os maliciosos, os invejosos não compreendem certos gestos de amor. São incapazes de sentir o perfume do amor.

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