A Folha de São Paulo do dia 1º de setembro nos remeteu a um texto de 31.03.2003 , com esta chamada: “Quadro fez Marcel Prous...

O quadro que fez Proust desmaiar em Haia

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A Folha de São Paulo do dia 1º de setembro nos remeteu a um texto de 31.03.2003, com esta chamada:

“Quadro fez Marcel Proust desmaiar em Haia”.

Isso me devolveu à época em que li, no seu romance de 7 volumes, “Em Busca do Tempo Perdido” , escrito quando Vermeer ainda era um nome bastante apagado, sobre um personagem ⏤ romancista ⏤ que morre ao descobrir que jamais poderia escrever tão belamente quanto Vermeer pintava. Não chego a tanto,
recife nordeste invasao holandesa
Vista de Delft Johannes Vermeer, 1661 ▪ Museu Mauritshuis, Haia
mas gosto muito das pequenas telas de Vermeer reproduzindo cenas interiores das casas holandesas no século XVII. Quem leu o romance de Tracy Chevallier ou viu o filme de Peter Webber ⏤ “A Moça com Brinco de Pérola” ⏤ sabe do que falo.

Bem.

Essa leitura de hoje me levou ao Google e à descoberta de que – entre 10 de setembro do ano passado e 2 de janeiro deste ano ⏤ expôs-se, em Dresden, o quadro “Moça lendo uma carta ante a janela aberta” ⏤ aqui reproduzido ⏤ com a restauração que permitiu que se passasse a ver a cena como o pintor a criou: com um cupido emoldurado na parede que víamos, até então, em branco.

Sabia-se que a figura alusiva ao conteúdo da missiva estava ali, desde uma radiografia de 1979, confirmada pela reflectografia infravermelha de 2009, mas se supunha que o próprio gênio de Delft a eliminara, até que em 2017 se descobriu que havia decorrido um bom tempo entre uma coisa e outra, o que levou a conservadora sênior do museu a devolver a criação original ao mundo.

... que nunca para de me surpreender.

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  1. José Mário Espínola4/9/22 21:56

    O quadro é, realmente, belíssimo! Aliás; tudo o que ele pintou é belo

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