E lá se vai 2022... Inexoravelmente, segue a regra finita da passagem do marco de tempo. Leva muitas levezas, outras tristezas, ondas do mar, vozes de além-mar, olhos alegres e outros tristonhos. Fecha-se o ciclo e abre-se outro no giro datado para ocorrer de há muito. A vida avança entre tantos giros de relógios físicos e mentais.
Os homens ficam perplexos como o mundo é incontrolável. Até imaginam-se em segurança, no controle da maquinaria que faz rodopiar o conceito de temporalidade. Pobres tolos, pois o comando não lhes pertence. Na verdade, eles são passageiros sem direito a serem guias, apenas aquelas ilusórias.
Os homens ficam perplexos como o mundo é incontrolável. Até imaginam-se em segurança, no controle da maquinaria que faz rodopiar o conceito de temporalidade. Pobres tolos, pois o comando não lhes pertence. Na verdade, eles são passageiros sem direito a serem guias, apenas aquelas ilusórias.
Tumisu
h kama
Segue o ano que se aproxima do término. Pronto para o baile repete a dança, baila pela cidade. Os enfeites das ruas, dos rostos, das cores, do arco-íris imparável no céu de chuva e sol. Que vão se catar os preconceituosos, os tortos de alma, que busquem refúgio longe os pregadores do terror. Se não aceitam as regras, que sejam expulsos do jogo. Que tomemos posse do que é de lei, sambando feito a música de Chico Buarque, porque “Vai passar” e que a nossa pátria mãe não se distraia mais.
E tudo flui, assim como a pena voa suave até pousar em algum recanto. Passam-se segundos, horas, dias, meses e fecha-se o ano. Logo é outra estação, onde somos convidados a embarcar para uma nova fase da mesma viagem.
Moritz Knöringer
Vai-se 2022 como abre-alas para 2023, que também vai passar, como todos os blocos e carnavais, todas as botas de generais, os gritos e silêncios dos antepassados. Sim, já é possível ouvir o novo ano do velho tempo eterno.