Sei que a coisa é séria, mas sempre brinquei dizendo a meus alunos que eu tinha TOC (transtorno obsessivo compulsivo) e que eles precisavam estar sempre em círculo, sob a vista de todos, principalmente da minha, para que me sentisse à vontade na sala de aula. Os alunos riam e não questionavam, quando eu pedia para ocuparem as cadeiras lado a lado, sem que ficassem atrás uns dos outros, em uma segunda fileira de assentos.
A gente tenta levar na brincadeira, mas sabe que esses comportamentos repetitivos não são normais nem confortáveis. De simples manias, podem vir a se tornar um distúrbio capaz de provocar angústia, ansiedade e até incapacitar a pessoa acometida.
Kelly Sikkema
Isso acontece sempre e certamente deve incomodar a quem o percebe. Digo isso, porque, com todo respeito por quem passa pelo inconveniente, em grau mais intenso e doentio, o que não é fácil, deve haver um tipo de atitude reversa, que é quando as manias dos outros perturbam você.
Sdnet01
Dia desses, após uma chuvinha, os últimos pingos das calhas passaram a cair em cima de uma lata virada para baixo que estava no quintal da casa vizinha. Meu Deus, que agonia era não poder ir lá e tirar aquela lata do lugar! Sem contar que, certa vez, faltou energia no bairro e, quando voltou, a cerca elétrica deles ativou o alarme, sem que estivessem em casa para desativá-lo.
Geert Pieters
Antes, eu até gostava de ficar ouvindo a conversa dos outros em fila de espera ou em algum local público. Hoje, não suporto quem fala ao celular perto de mim. Dá muita vontade de pedir à pessoa para falar mais baixo.
Às vezes, há momentos em que desejo escrever um manual de conduta em prol dos impacientes, os quais não enxergam suas manias, mas se enervam com as dos outros. Seria mais ou menos assim: Não fale alto, muito menos ao telefone; não bate as portas; não pise na grama; não roa as unhas; feche bem as gavetas, os armários e as torneiras; dobre, cuidadosamente, as cobertas e as roupas; coloque seus calçados um ao lado do outro e bem emparelhados; obedeça a ordem das coisas e, por favor, me deixe em paz!
E por aí vai...