O que faremos com um mundo devastado pós-pandemia, já que a Organização Mundial da Saúde decretou o fim da emergência sanitária da Covid-19. Vamos reconstruir ou renascer nossos sentimentos saudosos por tudo e todos que perdemos?
O que mais pesa é a decência na busca pelo respeito aos que sobreviveram e são o nosso presente, com frequente marca na construção do futuro,
A. Demir
Preconceito e arrogância podem matar lentamente, e ainda não temos vacina contra isso para colocar no braço, somente na cabeça teimosa, que mantém a batida das palavras maldosas disponíveis num cardápio de ofertas.
A gordofobia, o machismo, o abuso sexual, a pedofilia, a transfobia, a homofobia, o feminicídio. Se me falhou a memória em citar outra psicopatia cotidiana não foi proposital ou preconceituosa. Talvez eu não esteja preparado para colaborar da melhor forma com a lista dos que fazem parte desse grupo de iguais na dor.
Por vezes, ouço olhos me fitando com suas lástimas em viver com medo da próxima experiência ruim. Não me ausento na busca de argumentos para defender ou abrigar os que pisam inseguros na mesma calçada comum a todos, porém, recortada pelo comentário fiel à injustiça social. Receio que sejam tardios ou em vão meus esforços, devido ao gigantismo frequente da luta descabida, descrita diariamente pelos que sofrem os efeitos de abusos e discriminação.
A. Rinoldi
Cornel West, filósofo, escritor, crítico social, defensor dos direitos humanos, atribui a maioria dos problemas da comunidade negra à angústia existencial derivada da experiência vivida de feridas ontológicas e cicatrizes emocionais profundas, infligidas ao longo de muitas gerações.
A. Lusina
Na validação densa de mudança no comportamento, estamos nós, que devemos esse compromisso social aos nossos iguais.