D ifícil encontrar um homem bom, simples e que sabe cultivar amizades. A prova é que um homem assim nunca está só, mas sempre em boa companh...

Um homem simples e bom

Difícil encontrar um homem bom, simples e que sabe cultivar amizades. A prova é que um homem assim nunca está só, mas sempre em boa companhia. Estou me referindo ao desembargador Francisco Espínola, que já saiu de nossa convivência física, mas jamais da memória. E é em louvor a essa memória, que a família, em boa hora, pretende prestar-lhe uma homenagem póstuma pelo centenário de seu nascimento.
Não participei de sua intimidade, mas muito aprendi com ele. Falava pouco e ouvia muito, mas sempre com um sorriso nos lábios. Espínola tinha um bom senso admirável.
Magrinho, sempre bem vestido de linho branco, o magistrado Espínola foi, antes de tudo um excelente chefe de família. E Ana Cândida, minha amiga e sua filha querida, colega de meu filho caçula, muito nos impressionou, sobretudo, pela maneira poética e sensível de ver a vida. Fomos vizinhos por muito tempo, na avenida Nossa Senhora dos Navegantes, onde nossas residências se confrontavam.
A verdade é que os filhos, muitas vezes, falam pelos pais. Honesto, integro, o desembargador Espínola estará sempre na nossa memória, também através do exemplo dos filhos. Impossível esquecê-lo.
Não tenhamos dúvida, repito. Essa homenagem da família que ele tanto amou é um verdadeiro bálsamo para o seu espírito, que, decerto, deixou este mundo com a paz de consciência. A paz de consciência que é o verdadeiro paraíso.
Feliz daquele que sai do mundo sem mágoas, sem ressentimentos, deixando saudades, uma ótima impressão, e, sobretudo, sem ódio.

 Chico Espínola foi, sobretudo, um homem bom. Que se fazia respeitar, não pela carranca, ou pela austeridade, mas pelo puro sorriso que esboçava.

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