Somos todos, presentemente, passageiros de um navio em perigo. Alguns já perderam até a esperança, e aceitam em silêncio a fatalidade de uma catástrofe que sua covardia torna mais certa. Entretanto, alguns, se sobreviverem ao naufrágio, recusam-se a morrer sem ter feito tudo para salvar, não as matérias mortas, mas, as forças vivas, os calores espirituais, que são as chamas onde se acenderão novos focos.
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Ele conserva o privilégio da reflexão: o exercício de sua arte lúcida obriga-o constantemente a perceber o indivíduo no meio da coletividade.
Ele distingue o homem e os homens — o homem que é o mesmo em toda parte, a despeito das diferenças étnicas, o homem que é o semelhante de seus “semelhantes”, o homem que é a espécie como a folhagem da árvore, é a reunião das folhas — e os homens, que são as pessoas na diversidade de temperamentos e de caracteres, os homens dos quais , cada um reage na saúde e na doença, de maneira diferente do vizinho e dos seus possíveis interlocutores.
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