Parece que toda instância de dor, medo, ódio, sentimentos de uma forma geral, ou sentidos físicos como sabor, cheiro, sensação térmica de frio ou calor, tudo isso é registrado pelo corpo humano após o ganho de uma forma de expressão sensitiva identificada por canal especifico no cérebro.
Portanto, o cérebro humano também é — além da conhecida maquina de pensamentos e formulações racionais para leitura e interpretação da realidade (cuja chave decisiva para execução dessas tarefas foi o lento processo criativo de formulação linguística) — um dispositivo que prontamente serve de alarme
N. Moryak
O cérebro pode ser comparado a um tijolinho de cerâmica no qual imagens em forma de símbolos ficam gravadas em baixo (ou alto?) relevo, de uma forma parecida com a escrita cuneiforme dos primeiros e primitivos sumerianos. Ou seja, a nossa mente é uma espécie de retábulo em que se incorporam os chamados tártaros, que podem ser vistos como circuitos eletrônicos que encerram em si dados de memória, e que, uma vez percorridos por corrente elétrica vital, ativam imagens e sons neles (e por eles) codificados.
Desde já, é possível aventarmos que não foi outra coisa senão o crescimento desses arquivos mentais que provocou o crescimento da massa encefálica num processo inversamente proporcional ao tempo — cada vez menor que a evolução nos requisita — de produção de novos dados. Deu-se uma inversão de crescimento à medida que a enorme sobra de espaço da massa encefálica em relação aos arquivos nela encaixados durante o passado da humanidade diminuiu à medida que os novos conteúdos (saberes, culturas e operações tecnológicos) se dilatavam dentro da caixa craniana. Após milhares de anos, o conteúdo passou a crescer em velocidade superior à do continente, criando um descompasso entre caixa craniana e massa encefálica, o que, antropologicamente, pode começar a produzir sérios problemas de percurso eletrônico cerebral, estrangulamento do circuito que pode se refletir em esgotamentos da memória, demência etc, problemas em geral de natureza cognitiva para a mente humana.
N. Moryak
N. Moryak
Perguntar não ofende: chegará o dia em que caixas cranianas artificiais serão convertidas em pequenos softwares conectados ao corpo humano como unidades complementares para armazenamento de informações, feito arquivos com diferentes capacidades medidas em terabytes? Se olharmos bem, o corpo já se mostrou disponível para um grande numero de adjutórios e controle externo. Lembremos de membros artificiais e de marca-passos monitorando corações, operando em área externa ao corpo.