Adler, o meu amigo e cunhado, foi um menino grande. Um grande menino. Gostava de frequentar mais os ambientes públicos do que os espaços as...
Meu amigo Adler
Adler, o meu amigo e cunhado, foi um menino grande. Um grande menino. Gostava de frequentar mais os ambientes públicos do que os espaços asfixiantes das casas. Daí o seu jeito flâner, a predileção pelos feriados nacionais, pelas festas das padroeiras, a exemplo das de Nossas Senhoras das Neves e da Luz, sobretudo esta última, guarabirense de boa cepa que ele o foi.
Recostado num balcão bolorento, Luís terminava o último trago daquela bebida barata. O ar estava enevoado de fumaça e de um ar abafado, ar ...
Naufragados
Recostado num balcão bolorento, Luís terminava o último trago daquela bebida barata. O ar estava enevoado de fumaça e de um ar abafado, ar de maresia misturado com cheiro de roupas suadas. Luís esperava há dois dias pela permissão de embarcar.
Havia mais homens antes naquele bar. Eram os maquinistas, os homens dos porões daquele que seria o grande sonho de Luís e talvez de quase todos que ali se encharcavam de desejos impossíveis. Um cachorro magrelo tomava conta de seu dono, cujo sono de bêbado lembrava mais um cadáver quase morto, quase vivo. As meretrizes já haviam se retirado também. Estas, as quais nem o sono é um direito, faziam parte daquele cenário de noites perdidas. O dono do bar sofria de insônia crônica, o que era perfeito para gerenciar o negócio.
Lado a lado se apertam em cima e em baixo Entreposta a elas sutil lâmina, membrana plácida de pó sensível, inquebrantável, com fé ...
A porta
apertam
em cima e em baixo
Entreposta a elas
sutil lâmina,
membrana plácida
de pó sensível,
inquebrantável,
com fé estofada
Quando era menina, a hora depois do almoço era uma hora em que eu mergulhava num tempo todo meu. Gostava de sentar nos alpendres das casas ...
Esconderijos de mim mesma
Quando era menina, a hora depois do almoço era uma hora em que eu mergulhava num tempo todo meu. Gostava de sentar nos alpendres das casas onde morava. O chão era frio dos mosaicos de ladrilho hidráulico (tão sem importância na época!), e ali me esparramava. Sentia na pele aquela temperatura fria dos desenhos em arabescos. E o mundo, literalmente, parava para mim.
1 praça antenor navarro a cidade subiu a ladeira com jeito de quem ia ali perto e voltava mas criou asa voou e nunca mais deu o ar...
Passeio pela aldeia em dez estações
praça antenor navarro

com jeito de quem ia ali perto
e voltava
mas criou asa
voou
e nunca mais deu o ar da graça
2
praça joão pessoa

que os poderes humanos reúne
o austero presidente em bronze
morre todo dia outra vez
- de vergonha
3
trincheiras
os sobrados mortos
as casas arruinadas
são a prova viva
de que dessa vida
não se leva nada
4
jaguaribe
em suas ruas mais calmas
o progresso não mudou nada
e as famílias inda põem
cadeiras na calçada
5
cruz das armas
o tempo passou sem que nada ocorresse
nem dentro nem fora do ordinário
que alterasse seu irresistível
destino proletário
6
lagoa

como sentinelas de um museu:
guardam memórias que restem
do que abaixo delas
se deu
7
roger

se espalha pela vizinhança
e ali o barulho do mundo
chega apenas na lembrança
8
tambiá
tudo se define pelo não:
não mais moradias
não mais o silêncio vegetal
e o cheiro noturno dos jasmins
que inundava o ar
já não há
9
miramar
no alto como em altar
permanece a indecisão
de ser cidade ou mar:
confusão
10
tambaú
na praia que era longe e plácida
a gente ávida atravancou
de carros e prédios altos
a beira do mar mais verde que azul
e agora brinca (sofre) de ser
carioca zona sul
Se a velhice é obra da natureza, o sensato é enfrentá-la de modo natural. Simplesmente deixar que ela venha, dispensando os artifícios com ...
Como eu quero envelhecer
Se a velhice é obra da natureza, o sensato é enfrentá-la de modo natural. Simplesmente deixar que ela venha, dispensando os artifícios com que tantos procuram negá-la. Nada de plástica, nada de pintar os cabelos, nada de se vestir como um garoto. Tais recursos não disfarçam a passagem do tempo e acabam dando aos que deles se servem um aspecto caricato. Revelam desconforto e sofrimento com a perda da juventude, quando a maior vitória é mesmo aceitá-la.
Eu trabalhava no centro, perto da Lagoa, nessa época. A Galeria Gamela era próxima dali, e fui lá pegar uma tela de Alice Vinagre, que tinh...
Coisa bonita de se ver
Eu trabalhava no centro, perto da Lagoa, nessa época. A Galeria Gamela era próxima dali, e fui lá pegar uma tela de Alice Vinagre, que tinha adquirido. Quando cheguei, uma exposição estava sendo montada. Rapazes carregando telas enormes. Uma delas "passou" por mim e eu pensei:
Tenho minhas dúvidas se Ascendino Leite e Ariano Suassuna mantinham um bom relacionamento literário. Tive essa sensação quando encontrei ci...
Ilusões e vaidades
Tenho minhas dúvidas se Ascendino Leite e Ariano Suassuna mantinham um bom relacionamento literário. Tive essa sensação quando encontrei citação de Ascendino no livro “Visões do Cabo Branco”, com insinuação que leva a pensar nessa possibilidade antagônica entre ambos. No “Caderno de Confissões Brasileiras”, editado por Geneton Moraes Neto, em 1983, Ariano fala da censura a grupos de teatro entre o final dos anos de 1950 e durante a ditadura militar de 1964-1985.
Não entendo de poesia, apenas gosto. Desde adolescente folheava com volúpia a coleção completa dos Sonetos de Shakespeare que estava sempr...
A arte de sentir a arte
Não entendo de poesia, apenas gosto. Desde adolescente folheava com volúpia a coleção completa dos Sonetos de Shakespeare que estava sempre a me acenar na biblioteca de papai, como se me lembrasse: “aqui você encontra a paixão das coisas todas”.
Era um jardim encadernado de flores e espinhos, dores e amargura, prazer e paixão, no qual o autor esculpiu em letras o perfume ardente e apaixonado da vida na mais grandiosa eloquência. A ponto de dizer que: “Nos olhos das estrelas se entende a Arte e neles toda a beleza e a verdade findam!”
Era o mesmo deleite que papai sentia na Música. Ele nunca entendeu a diferença entre uma fusa e uma colcheiaQuem precisa conhecer formalmente a poesia para entender o amor que está lapidado no coração de alguém que a outro diz “Os meus olhos desenharam a tua forma, e os teus, para mim, são as janelas em meu peito por onde o Sol deleita-se em admirar, vendo-te dentro de mim”?
E não era só a paixão que me enfeitiçava nos sonetos de quase 500 anos. Era tudo. A profundeza filosófica, a tragédia, o drama – no que o autor foi insuperável. Capaz de suavizar a dureza das verdades com a doçura dos versos, para falar da crueldade do tempo e de sua efemeridade: “Os dias firmam seu passo na juventude. E cavam suas sendas sobre a fronte da beleza; Alimentam-se da raridade da natureza, mas nada impede o firme corte de sua foice.”
Aristóteles fez uma tipologia das mais perfeitas a respeito da tragédia. E ele estava preocupado exatamente com a recepçãoNem sequer eu sabia das métricas, pois só lia, dos sonetos, as traduções. Embora a coleção fosse bilíngue, de fácil cotejo, eu desejava sorvê-los na rapidez do sentimento sem esforço.
Era o mesmo deleite que papai sentia na Música. Ele nunca entendeu a diferença entre uma fusa e uma colcheia, nem identificava em quantas ou em quais vozes a melodia percorria as fugas de Bach. Mas as sentia em ecos enebriantes que lhe regozijavam a alma. E assim, conhecia e dominava até mais profundamente a história e a literatura musical distinguindo a essência dos estilos e da personalidade de cada compositor que admirava, do que certos doutos especialistas na Divina Arte.
Saber é sentir. Mais do que conhecer. Amando se entende mais do que estudando. A técnica é fria, aritmética. O sentimento é doce, volátil, sublima-se no enlevo que produz nos que sentem as sutilezas e entrelinhas da música e da poesia.

“Germano, quem gosta de poesia não precisa saber nada de sua técnica. Basta senti-la. A arte é assim. Arte é estesia. Você não precisa conhecer os mecanismos da arte, basta que a estesia, a sensação repercuta em você. Há 2.500 anos, Aristóteles fez uma tipologia das mais perfeitas a respeito da tragédia. E ele estava preocupado exatamente com a recepção - Como é que o público recebia a tragédia. Como é que se acolhia um texto que é ao mesmo tempo literário e dramático. E nessa recepção, ele dá uma orientação a quem quer ser poeta, quem quer ser escritor, dizendo uma frase muito simples, mas que ficou na memória de quem estuda literatura: ‘O poeta não é o fabricante de metros, mas o fabricante de mitos’. Porque o mito, a fabulação, a poesia que existe na construção narrativa ou poética, isso é que é o mais importante. Mais do que o metro, a ossatura ou de qualquer outra coisa. Ou seja, o importante na poesia é a essência e não o esqueleto”. E arrematou: Sentir a Arte é aprendê-la com a alma”.
Padre Pedro era um jovem servo de Deus. Não se haviam passado mais que dois anos desde sua ordenação. Estava então com vinte e nove anos. S...
O padre comunista
Padre Pedro era um jovem servo de Deus. Não se haviam passado mais que dois anos desde sua ordenação. Estava então com vinte e nove anos. Socialista convicto, o reverendo era bastante politizado. Familiarizou-se com os textos esquerdistas ainda na adolescência, quando seu tio Arnaldo, retornando do sul, iniciara-lhe na literatura comunista. Adorava os clássicos, principalmente Lenin. Dedicava tardes inteiras ao estudo da causa operária. Deliciava-se com a idéia de revolução popular, de um mundo sem desigualdades e sem fronteiras, da socialização dos meios de produção... Esse aprofundamento teórico sobre as causas populares refletia em seu caráter. Reto, não admitia nenhuma forma de desonestidade. Pagar a conta de luz de um amigo que tentava furtar-se a fila do banco lhe era um absurdo. Repreendia-o incisivamente.
Não acredito em pessoas que não sonham, mesmo que sejam sonhos altos, fantasiosos, utópicos. É assim que damos asas à nossa imaginação, mot...
A utopia
Não acredito em pessoas que não sonham, mesmo que sejam sonhos altos, fantasiosos, utópicos. É assim que damos asas à nossa imaginação, motivada por fortes esperanças, de que algo muito bom esteja para acontecer. Ainda que classifiquem de utopia alguns planos idealizados nunca devemos desistir deles. Até porque o que parece impossível hoje pode perfeitamente ser realizável no todo ou em parte no amanhã.
Beijo de metal Da faca que divide a tarde da noite que ilumina a lâmina e corta o Sol quero o toque da navalha na face em um beijo de ...
Poemas da tarde
Da faca que divide a tarde da noite
que ilumina a lâmina e corta o Sol
quero o toque da navalha na face
em um beijo de metal, com língua de sal
Gentil-homem de conhecimento admirável, catedrático brasileiro respeitado em terras germânicas e de personalidade rara em dias atuais: assi...
Personalidade rara
Gentil-homem de conhecimento admirável, catedrático brasileiro respeitado em terras germânicas e de personalidade rara em dias atuais: assim é o pianista Marco Antonio de Almeida, paranaense, nascido na cidade de Londrina.
Das lembranças que eu guardo da infância, a mais gostosa é o banho de rio. Do Piancó ao rio do Peixe, todos eram diversão gratuita e garant...
O banho de rio no imaginário infantil
Das lembranças que eu guardo da infância, a mais gostosa é o banho de rio. Do Piancó ao rio do Peixe, todos eram diversão gratuita e garantida.
A História registra que antes de Jesus ser morto por crucificação, ele foi submetido a uma sequência de julgamentos por parte das autoridad...
O que fazemos do Mestre?
A História registra que antes de Jesus ser morto por crucificação, ele foi submetido a uma sequência de julgamentos por parte das autoridades religiosas (clero judaico e membros do Sinédrio), administrativas (Herodes e representantes) e políticas (romanos, representado pela figura Pilatos). Foi também alvo de traição por parte de um dos membros do colégio apostolar que não compreendeu a magnitude da mensagem do Evangelho. Contudo, O mestre Nazareno viera ao mundo como o Messias aguardado, a fim de nos ensinar a vivência da Lei de Amor.
Tinham chegado no dia anterior, um tanto tarde, com a tralha de filmagem. Um deles se adiantou e se anunciou ao serviço da União Europeia. ...
Natassa Kissova
Tinham chegado no dia anterior, um tanto tarde, com a tralha de filmagem. Um deles se adiantou e se anunciou ao serviço da União Europeia. O funcionário ligou então para a Prefeitura do distrito de Tatrami. Depois de alguma demora, veio a recomendação para que não exigissem credencial deles e marcou-se o encontro para a manhã do dia seguinte. Mesmo local. De manhãzinha, lá estavam novamente os forasteiros (jornalistas?), para encontrarem a cena já montada.
A sessão em sala de aula irá encerrar-se com as seguintes imagens e palavras, trocadas entre a professora Natassa Kissova, branca, 47 anos, e uma turma de alunos da “Escola municipal de Kesmarok para crianças rumes”.
– Olhem aqui: os pais de vocês. Eles trabalham? - Ela joga a pergunta no ar, para os, cerca de quinze alunos, entre os sete e doze anos, aproximadamente, sentados em carteiras distribuídas do meio para o fundo da sala, de um modo aleatório que não disfarça o improviso, dando a qualquer um perceber que assim foram dispostas para que, na parte da frente, os técnicos pudessem mover-se livremente. Mas, como as crianças não respondem de pronto, um tanto tímidas e aparentemente surpresas com aquela novidade na escola, a professora refaz a pergunta:
– Respondam: o pai de algum de vocês aqui. Ele trabalha? - A professora parece bem animada naquela manhã de setembro.
Uma manhã de ar puro e claro, de sol esparso, mas que não exigira dela nenhum agasalho, de modo a poder exibir o colo alvíssimo, os também alvos e longos braços roliços nessa manhã programada desde o dia anterior para que os alunos fossem avisados a tempo de se apresentarem asseados, bem vestidos e juntos com seus familiares. Para que, dessa forma, pudessem ser vistos ainda na caminhada que leva à escola, apenas um pouco antes desta, quanto teriam então suas imagens gravadas pela câmera colocada de antemão no caminho previsível. E vindo através dele, pela aleia forrada de pedras e marginada por canteiros, nessa época sempre floridos e exuberantes, de mãos dadas com suas irmãs maiores, para que dessem uma razão de ser a bela e harmoniosa manhã cívica em que o marido de Natassa, o Sr. Diretor da Escola, um homem bom, humano e cristão como ele só, estivesse em meio a elas munido de seu violão, e com ele cantasse, desde a música eterna do folclore nacional ao último sucesso do rádio, por que não?
A frase vem a provocar risos e gargalhadas entre os alunos, e antes que cesse a descontração, outra voz se ouve dos fundosIsto para que todos ali se sentissem felizes como eles dois, Natassa e o maridão, e demonstrassem, mais uma vez, à União Européia, ao mundo e a todos ali, que em Kesmarok os rumes estão sendo tratados como merecem seres humanos. E assim partilhassem todos da mesa farta com o excelente liptauer de sua receita particular, em fatias de pão e acompanhados de refrigerantes, do muffin de chocolate com geleia de morango que é sua especialidade. Mas isto fique bem claro, só depois da cerimônia no pátio da escola, com direito à formação da alunada, após os discursos, canções e hasteamento das bandeiras, e de tudo mais. Sem no entanto saber ela, pobre Natassa, que por um único descuido, uma infeliz falha técnica do câmera-man, as imagens ficassem perdidas, e apenas estas, as da sala de aula, fossem aproveitadas depois.
Mas antes que novo silêncio se estenda, ela aponta um aluno no meio da sala.
– Você. Seu pai trabalha?
– Trabalha - Diz ele, sorridente. Outros garotos sorriem também, outros se mostram mais cautelosos.
– Onde, trabalha ele? – Emenda a professora.
– Bratislava – Responde ele, baixando a cabeça ao encontro dos dois braços juntos e à frente, na carteira, como se esperando o pior.
– E o seu pai. O que faz ele lá?
– Ele cava.
– Ele cava? Ele limpa – A professora acha por bem corrigir, afinal há uma câmara ligada.
– Ele limpa – Concorda o garoto, assentindo com a cabeça, e, ao que parece, mais satisfeito com o novo emprego do pai.
– Você quer trabalhar no quê, quando crescer? – É a nova pergunta, mas que o menino não responde de imediato.
– Vai querer cavar também? - Ela acrescenta esta nova pergunta, visivelmente contendo o riso. Os outros meninos riem-se soltos, agora.
– Não, vou limpar. – Ele diz, por fim, sorridente e submisso.
Natassa Kissova está realmente muito feliz com todos, e resolve dirigir-se mais uma vez à classe inteira:
– E vocês, o que querem ser quando crescer?
No meio dos alunos, uma menina diz que quer ser cantora.
– Excelente. Você quer cantar que tipo de música, modernas, teóricas, ou ciganas?
Mas não há tempo de responder, pois um dos meninos, bem à sua frente, ergue timidamente o braço e diz:
– Eu quero ser policial.
Natassa Kissova arregalha os olhos para este, impressionada. Aquilo parecia melhor do que ela podia esperar. Pergunta, então:
– Você sabe dizer aos seus colegas para que servem os policiais?
– Para que as pessoas não roubem. – O garoto responde, categórico.
Natassa kissova está surpresa com ele, mas não suficientemente convencida, daí a nova pergunta:
– A quem você prenderia: brancos ou rumes, ou os dois?
– Os dois. – Ele responde, depois de um pequeno suspense na sala. Havia compenetração no olhar, trazida talvez pelo inesperado peso da missão.
– Pode nos dizer o que os ciganos mais roubam?
Um novo silêncio quer agora se instalar, mas é logo quebrado por uma voz nos fundos da sala:
– Rabanetes!
A frase vem a provocar risos e gargalhadas entre os alunos, e antes que cesse a descontração, outra voz se ouve dos fundos:
– Couve-flor também!
Mais risos. À sua frente, é a vez do decidido garoto que se pretendera policial (e cuja afoiteza no expressar seu desejo, junto com a boa receptividade obtida, possivelmente o tenha deixado com a ligeira sensação de alguém já investido na farda) apontar algo mais grave:
– Madeira da floresta.
Natasa Kissova distende o corpo para trás numa gargalhada curta e inesperada, e depois para frente, e aí dá uma palmadinha nas costas da mão dele, francamente satisfeita com todos.