O exercício da reflexão precisa ser estimulado. O pensamento autônomo faz com que haja compreensão do mundo em que vivemos, e assim possam...

O exercício da reflexão precisa ser estimulado. O pensamento autônomo faz com que haja compreensão do mundo em que vivemos, e assim possamos atuar como agentes de transformação. Quando nos mostramos capazes de indagar a nós próprios e aos outros, vencemos os desafios das dinâmicas de convivência social, num instinto de sobrevivência diante das dificuldades enfrentadas.

    alguma coisa, alguma linha, algo há de escapar insétil. dúctil, mas indócil, leve, mas indelével, há de manter-se presente. n...

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alguma coisa, alguma linha, algo há de escapar insétil. dúctil, mas indócil, leve, mas indelével, há de manter-se presente. não há de ser, inevitavelmente, aroma (a maresia habita igual o poema), mas há de eludir o tempo.

Em sua bela crônica “Quem manda sou eu”, publicada na Folha de São Paulo de 7 de setembro de 2014 (caderno “Ilustrada”, p. E-10), Ferreira...

Em sua bela crônica “Quem manda sou eu”, publicada na Folha de São Paulo de 7 de setembro de 2014 (caderno “Ilustrada”, p. E-10), Ferreira Gullar insurge-se contra a imposição de se chamar “presidenta” à presidenta Dilma e contra a Lei 12.605/12, de 3 de abril de 2012, que estipula que os diplomas das instituições de ensino público e privado deverão trazer a flexão de gênero correspondente ao sexo da pessoa diplomada.

Redemoinhos de poeira puxam o ar quente no meio da estrada sertaneja, iguais aos mesmos giradouros aquáticos que criam abismos na água no ...

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Redemoinhos de poeira puxam o ar quente no meio da estrada sertaneja, iguais aos mesmos giradouros aquáticos que criam abismos na água no meio da correnteza do rio. E ambos arrastam para o seu centro seres e os transformavam em semelhantes, afogados sem lanternas, dispostos no mesmo vazio. Rajada de vento na terra, braços secos sem a doce água em agitação. Impossível segurar em galhos ou sonhos o ar disperso nas temperaturas infernais ou no líquido a girar feito liquidificador.

Viver é um risco, e quem recua de medo da vida se arrisca também. Pode morrer dentro de si mesmo, gemer nos am...

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Viver é um risco, e quem recua de medo da vida se arrisca também. Pode morrer dentro de si mesmo, gemer nos amarelões da alma por inanição existencial.

No fundo de todo homem está o Demo, espreitando. É muito fácil ser mau. Duro é renunciar à maldade, pois a bondade não faz parte da nossa natureza. Tem que ser aprendida, e para ajudar nisso criamos Deus. Exige renúncia, ração de convento e muita força.

A quem não tem esperança, aconselho: tente viver assim mesmo. Às vezes, por entre as brumas do desencanto, insinua-se um sentido, um farol. O amanhã é de quem acredita.

Do que se escreve nem tudo faz sentido, nem tudo leva a alguma coisa. Mas é preciso escrever, nem que seja para dizer o que já foi dito. Tudo é repetição, mas em novos contextos.

É preciso atravessar a vida se distanciando do ciúme, da inveja, da injúria. Cabisalto, mesmo que por dentro estremecido. O outro é lobo voraz e está sempre nos espreitando. O que consola é que, como lobos, o cercamos também.

Com os outros pode-se viver bem no artifício, nunca no total espontâneo. Isso pede a mentira para melhor conviver, o abrirdentes com jeito de sinuosa simpatia, mel que disfarça o ferrão.

Política é jogo sujo, que não separa os bons dos maus. É gangorra em que cada um, na fome do poder, pode descer ao seu avesso. E depois, sem a luzinha do escrúpulo, fazer o caminho oposto.

Convém evitar as demasias, pois o que delas sobra pode nos afogar. É então o caso de ser reto-direito, mas sem o dente da inflexibilidade. Esse não só perfura a carne, também vai fundo na alma.

Mulher não é tão perigoso como se diz. Tanto mais se amansa, quanto menos a gente se mostra sensível aos mistérios que nela tentaram encarnar. É preciso vê-la tal qual, sem o afã da fantasia. Mulher despreza o homenino que, de medo, cerca-a de ameaças ferozes com fome de matar, morrer, ou ambos.

Às vezes é bom ficar doente grave. Faz pensar melhor e joga o orgulho para debaixo do topete. Pequenos ficamos diante da morte, como quem na travessia de um deserto tem de ir a pé e sabe que nunca, nunca chegará ao outro lado.

Sabemos que existem duas línguas: a do povo e a dos gramáticos. Quase nunca coincidem, nem mesmo em Portugal, onde até as pessoas mais ...

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Sabemos que existem duas línguas: a do povo e a dos gramáticos. Quase nunca coincidem, nem mesmo em Portugal, onde até as pessoas mais simples parecem falar um português corretíssimo. Digo parecem porque não tenho certeza e também porque é provável que lá também – e mesmo nos países desenvolvidos e cultos - coexistam as duas línguas referidas. Manuel Bandeira, no poema Evocação do Recife, que consta do seu livro Libertinagem, já nos chamava a atenção para essa dualidade nos versos “A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros/ Vinha da boca do povo na língua errada do povo/ Língua certa do povo/ Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil/ Ao passo que nós/ O que fazemos/ É macaquear/ A sintaxe lusíada”. Veja só.

Somos, no geral, a parte da humanidade que almoça e janta, como se lê no poema de Gullar. São alguns de nós, ou raramente nós mesmos em m...

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Somos, no geral, a parte da humanidade que almoça e janta, como se lê no poema de Gullar. São alguns de nós, ou raramente nós mesmos em momentos específicos, que trazem o necessário espanto.

Mais louco por João Pessoa do que o saudoso Walfredo Rodríguez, impossível. Pois foi da sua boca que ouvi, na farmácia de Seu Zezé, no Rod...

Mais louco por João Pessoa do que o saudoso Walfredo Rodríguez, impossível. Pois foi da sua boca que ouvi, na farmácia de Seu Zezé, no Rodgers, a sentença de que a vida em João Pessoa dependeria muito do que se fizesse com o Rio Jaguaribe e toda aquela faixa de mangues, pântanos, salinas e restingas que vai de Bayeux (que babaquice mudar o nome de Barreiras para Bayeux!) até Cabedelo.

Há menos de meio século, quando aportei nesta cidade carregando comigo os canaviais e as palmeiras de Serraria, a temperatura morna de Ara...

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Há menos de meio século, quando aportei nesta cidade carregando comigo os canaviais e as palmeiras de Serraria, a temperatura morna de Arara com seus seixos e agave dando o tom da paisagem, foi aqui onde encontrei o prolongamento do verde de minha terra. Igualmente aconchegante, tinha o verde diferente dos lugares onde brotei para a vida.

Meu Deus, me dá cinco anos. Me dá um pé de fedegoso com formiga preta, me dá um Natal e sua véspera, o ressonar das pessoas no quartinho. ...

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Meu Deus, me dá cinco anos. Me dá um pé de fedegoso com formiga preta, me dá um Natal e sua véspera, o ressonar das pessoas no quartinho. Me dá a negrinha Fia pra eu brincar, me dá uma noite pra eu dormir com minha mãe. Me dá minha mãe, alegria sã e medo remediável, me dá a mão, me cura de ser grande, ó meu Deus, meu pai, Meu pai.
Orfandade, Adélia Prado

Para muitos dos mortais, o dia de Natal é o dia do nascimento de Jesus. Mas desde a mais tenra idade que eu entendo o dia de Natal também como o aniversário da minha mãe. O entendimento da religião veio depois.

No próximo mês, dia 25 de dezembro, se assim tiver de ser, minha mãe fará 94 anos de vida. Nunca imaginei ter uma mãe com 80, 90, pois a minha sempre foi jovem, muito jovem, e depois, filho nunca acha, nem quer, que a mãe envelheça.
Gostaria de hoje, neste espaço público, falar da minha mãe, Terezinha. Já falei dela em outras crônicas: da sua comida, da sua costura, do seu olhar poético diante da vida, da sua amargura, enfim... hoje quero falar de herança, herança materna, e, claro, heranças boas.

Somos quatro filhas. E somente na idade adulta entendi o significado de se ter filhas mulheres. Ironicamente eu só tenho filhos homens. Os Freuds e os Lacans da vida se debruçaram noites sobre esse tema, as feministas então... Relação difícil, emblemática, cheia de sentimentos ambíguos, dificuldades, competições inconscientes, e conscientes, disputas de poder pelo pai, enfim... muita terapia para dar conta dessa relação que transcende os úteros.

Da minha mãe herdei muito. Primeiro os olhos amarelos, cor de burro quando foge. Pois no verão ficam esverdeados, e escurecidos quando anoitecem. Sempre foram as minhas janelas da alma, tanto na beleza, quanto na capacidade de contemplar e ver o mundo. Minha mãe se emociona com o mundo e com a vida cotidianamente. Eu puxei isso dela. Sou uma eterna replicante que observa e extrai prazer de tudo o que os olhos alcançam. A beleza me emociona em todos os instantes do dia. E sou gratíssima por esse gen que gosta dos Ipês e do horizonte do mar.

Dizem todos por aí que nenhuma das filhas puxou à sua beleza. Concordo. Quando olho aquela sua foto no auge dos seus 17 anos, de luto pela perda da mãe, com os cabelos em debruns, e a Lagoa ao fundo, linda... e com ares de Ingrid Bergman ouvindo “a kiss is just a kiss”. Meu pai sempre me dizia que a sua beleza o seduziu, e que ficou literalmente embriagado pelos seus traços das divas de cinema.

A minha mãe é também uma sobrevivente. Sempre dura na queda como diz a canção infantil: “Terezinha de Jesus deu uma queda e foi ao chão... Terezinha levantou-se, levantou-se lá do chão...”. E de queda em queda ela, assim como Fênix, achava sempre uma brecha para renascer das cinzas.

Minha mãe nasceu fora de época. Era para estar nascendo agora, no século XXI. Viveu em tempos sombrios para as mulheres e nunca gostou das amarras do seu tempo. Gostava de ler os almanaques da vida; estudou no Lyceu, teve aulas de francês, costurava sua própria roupa, mas perdeu a mãe muito cedo e teve que trabalhar para o seu sustento na Saboaria Paraibana.

Sempre falava de como andava a pé no sol quente para o trabalho, e de como guardava suas saias embaixo do colchão para não amassar. Depois, com o casamento, não teve muito sossego. Casou-se numa época em que as mulheres tinham pouca voz, e cuidar das filhas, e da casa somente, talvez fosse pouco.

Minha mãe teve sonhos de um dia alçar vôos maiores, ou simplesmente diferentes. Logo descobriu que o seu espaço era sim os limites da casa, então buscou alegria no que fazia e criatividade em conversa no pé do muro com as vizinhas, conversando em porta de escola quando ia nos buscar nas Lourdinas, ou simplesmente indo às compras do cotidiano do Lar.

Aliás nunca gostou de informar a condição de “doméstica” quando preenchia formulário. Sentia-se diminuída com o peso que o termo tinha na desvalorização deste trabalho, em geral feminino. Mas sublimou tudo cantarolando Noel Rosa na cozinha (Esse amor que eu não esqueço, e que teve seu começo...).

Sabia como ninguém exorcizar os demônios da tristeza através do canto. Acho que herdei esse seu lado Emilinha Borba também, pois me pego cantando muito durante o dia; desde Roberto Carlos até Manu Chao e os seus cantos Clandestinos. Também sou uma sobrevivente, não dos anos 40 claro, mas dos meus próprios tempos. Tenho essa capacidade de descer ladeira abaixo e lembrar sempre que a montanha é russa, e desce, e sobe!!!

A minha mãe sempre foi vaidosa, com personalidade no vestir e adorava moda (embora negasse com ardor), pois para uma trabalhadora-abelha-rainha-do-século-XIX-Vitoriano… que sempre foi, jamais aceitaria o ócio. Não que moda seja feita de ócio, muito pelo contrário, mas é cheia também de glamour, prazer e cores, muitas cores, e as cores primárias da vida da minha mãe talvez fossem mesmo mais para os tons cinzas. No mundo daquele seu tempo, não havia espaço para os excessos, muito menos para as escolhas. Eu herdei esse gosto pelos tecidos, acho que das nossas idas às Casas José Araújo, em busca de algum paninho especial. Há poucos anos ela ainda se enfeitava de colares e brincos, e, com o seu cabelo Chanel branco-azulado fazia sucesso seja na banca de Seu Mauro (in memorian), vendedor de cocos da calçadinha, como nos lugares mais sofisticados.

Minha mãe adorava Adélia Prado, Cecília Meireles e de quem é esse rosto... Lya Luft, Martha Medeiros. Poetas apresentadas por nós, filhas,
mas os gostos se misturam, e eu também gosto dessas autoras.

Nos seus hobbies, adorava bater uma perna no shopping, ir ao cinema, beber um bom vinho, sentar na calçadinha “longing to the sea...” e conversar. Minha mãe é a Senhora da conversa! Eu puxei à ela nisso tudo, e dou graças a “la vida” de ter essas qualidades, principalmente a arte da conversa, que faz de uma preposição uma interjeição! Quando viajou, foram poucos os seus passeios, soube apreciar cada paisagem, cada comportamento, cada palmo de território por onde passa. Sou assim também. Sim, ela também chorava com muita facilidade, com ou sem motivo. Eu herdei também esse vale de lágrimas, sempre. Claro, herdei o talento pelos armarinhos, pela cozinha; herdei muito sua criatividade e gosto pelo fazer surpresas, carinhos e proporcionar novidades aos outros.

Não tenho o tamanho da sua disponibilidade no servir nem o seu talento na cozinha (o seu coxão de porco assado no forno brando e a sua ambrosia não têm para Chef algum). Mas o meu olhar cronista/poeta diante dos dias, com certeza puxei à ela, que sabia escrever com maestria até um bilhete para o vigia do prédio. Se tivesse tido uma vida menos “ordinária” nas palavras de Virginia Woolf, teria tido oportunidade de desenvolver tantos outros talentos artísticos:

“Somente através dos nossos devaneios, dos nossos sonhos, é que a nossa verdade interior submersa poderá vir à tona.”
Quando fez 80, não gostou muito do assombroso número 80. Cética, confessou que “não queria mais ouvir o mundo”. Mas agora não é hora de falarmos de ceticismos, nem de dificuldades nem de defeitos nem de nada desfavorável.

Ela reclamava que queria a festa de aniversário (dia de Natal) cotidianamente e com pinceladas de paciência das filhas. Mas quem já se viu festa e homenagem todo dia? E paciência? Peço desculpas de não ter a dosagem certa dessa virtude, um de meus defeitos com certeza não herdados dela. Talvez os Mindêlos mais rabugentos, ou os Balthar Peixoto de Vasconcelos? Talvez esta virtude esteja mais para Júlia, uma tia exótica e braba, que dizem, dizem... pareço com ela... Ana Júlia? Me chama Zé Palhano, amigo de infância, amigo querido.

Mamãe quando olhava o mundo de hoje, achava que não fez nada na vida. Woolf falou desse trabalho invisível das mulheres quando diz:

“Frequentemente, no final de um dia de uma mulher, nada de tangível permanece. A comida que foi preparada se foi; as crianças que foram cuidadas partiram para o mundo...”
Após os 80, minha mãe ficou querendo e procurando a concretude da sua existência; dizia querer ser voluntária, ajudar mais aos outros, fazer algo de útil! A famosa síndrome feminina da inconsistência diante da vida. Claro, o seu trabalho, os seus feitos, foram sua existência, sempre na domesticidade do lar, desprovidos de quaisquer reconhecimento por parte da sociedade, que sempre foi masculina, e sempre priorizou o público, e os afazeres da rua...

Woolf já dizia também:

“O que sabemos das nossas mães, de nossas avós, bisavós,? O que fica? Nada. Somente uma tradição. Uma era bonita; outra era ruiva; uma outra foi beijada pela Rainha. Não sabemos de nada delas, somente os seus nomes e as datas dos seus casamentos e o número de filhos que tiveram.”
E de útil em útil, quem falou que ter quatro filhas, educá-las, cuidar do orçamento doméstico e multiplicar os pães de cada dia em tempos de vacas magérrimas, e tentar, digo tentar, ser boa mãe, e tirar alegria das caminhadas na calçadinha de Tambaú ao entardecer não é ter uma vida valorosa?

Numa época em que não existia outra saída para a vida das mulheres, você pode ter certeza, mamãe, de que sua vida foi consistente sim. Que teve desdobramentos, heranças, e continuidades. Somos quatro filhas-mulheres-lindas (no meu conceito de beleza), de bem com a vida (com todas as dificuldades – existenciais, inclusive), profissionais bem encaminhadas (como se dizia antigamente) e principalmente mulheres trabalhadoras da labuta, perseguidoras de auto-conhecimento e realizações.

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Todas transgrediram comportamentos e deram o seu pulo do gato. Todas são pessoas centradas e que se sobressaem naquilo a que se propõem, e com certeza, ter visto minha mãe tocando a sua vida difícil e em desarmonia, e, mesmo assim, encontrar muita alegria de sair chutando o balde, foram lições importantes, que considero heranças geniais. Sim! E há os netos, bisnetos, que são superlegais!

Sei que você hoje não mais lerá esse texto que escrevi, que aqui reedito, como o leu quando fez 80 anos, e em muitos outros, com palavras de carinho e perdão. Como também sei que fui e ainda sou uma filha rebelde e sem paciência, mas, quero que saiba, mamãe, que a admiro muito, e se fosse escrever um livro sobre resistência feminina, você seria minha personagem principal.

Parabéns sempre! Beijos e abraços de todo seu pessoal.

Todo o meu afeto e minha admiração.

▪ Referências literárias: Woolf, Virginia. “Women & Fiction” IN: Women & writing e A room of one's own – tradução livre das citações.

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O punhal tem duas faces: a que brota e a que geme.
Eis a porção do falso que constitui a verdade...
Se disser tudo, restará apenas a última mentira.
Rente ao chão, toda mentira resvala na inutilidade.
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Rastreando o tempo e os motivos que vieram justificar o renome secular de Castro Pinto, Flávio Ramalho de Brito toca, de passagem, em Santos Netto. Trata-se de um filho do grande Artur Aquiles, legendário do interesse público através de O Comércio, jornal do começo do século 20, que repercute até hoje. O filho, Santos Netto, foi colega de Faculdade e certamente o de amizade mais próxima de Augusto dos Anjos. Não deixa de ter influído na inserção dos primeiros versos do poeta no jornal famoso.

“Quintilius Varus, devolve as minhas legiões!” Quintili Vare, legiones redde! . Suetônio nos relata que o grande desastre romano na ...

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“Quintilius Varus, devolve as minhas legiões!”
Quintili Vare, legiones redde!.

Suetônio nos relata que o grande desastre romano na batalha de Teutoburgo, em 9 d.C., na Germânia, onde três legiões foram massacradas com seu general, Quintílio Varo, seus oficiais e todas as tropas auxiliares, causou grande consternação ao imperador Otávio Augusto César, ao ponto de ele deixar crescer a barba e o cabelo por vários meses, e, de tempos em tempos, bater a cabeça contra a porta vociferando contra Varo, para que lhe devolvesse as suas legiões. Diz ainda Suetônio, que o aniversário desse desastre (clades) foi doravante para

'Eu dei tudo o que pude dar. O que eu consegui aqui, nunca mais alcançarei'. Assim Camille Saint-Saëns falou sobre a última Sinfon...

'Eu dei tudo o que pude dar. O que eu consegui aqui, nunca mais alcançarei'. Assim Camille Saint-Saëns falou sobre a última Sinfonia, uma das glórias de sua prodigiosa vida na música. A “Sinfonia do Órgão”, a terceira, é tida como uma das obras orquestrais mais significativas e tecnicamente sofisticadas do final do século XIX. Nela desfruta-se de uma notável concatenação de melodias, cores e invenção temática caleidoscópica que a tornaram tão apreciada, desde sua estréia em 1886.

As rodas de conversa são um caminho para compartilhar os medos, desejos, fragilidades. Ela precisa ter medo para preservar o tempo e a vid...

medo fragilidade introspeccao terapia
As rodas de conversa são um caminho para compartilhar os medos, desejos, fragilidades. Ela precisa ter medo para preservar o tempo e a vida.

Ela precisa do medo para o autocontrole e ruptura do insensato. Ela precisa. O olhar ficou sofisticado e o espaço pequeno. Ela busca a expansão no divã do analista e no diário escrito à mão.

Minhas primeiras lágrimas no cinema datam de 1957, ou 58, por aí assim, se é que se possa tratar por cinema a tela pequena instalada por S...

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Minhas primeiras lágrimas no cinema datam de 1957, ou 58, por aí assim, se é que se possa tratar por cinema a tela pequena instalada por Seu Zé Ribeiro no Mercado Público da paraibana Pilar, às noites das quartas-feiras, dos sábados e domingos para a exibição de filmes alocados no escritório da Metro, no Recife, sobretudo ali.

Seu Zé tomava um dos trens da Great Western (depois Rede Ferroviária do Nordeste) pela manhã e regressava ao fim da tarde com sua bagagem mágica