EU SOU ASSIM Uso sapatos confortáveis, Tenho tinta no cabelo, Mente inquieta, Olhos mansos, adoráveis. Gosto da quietude...

EU SOU ASSIM
Uso sapatos confortáveis, Tenho tinta no cabelo, Mente inquieta, Olhos mansos, adoráveis. Gosto da quietude, Da beleza da manhã de sol, Mas também gosto de chuva, De vento e de trovão. Tenho momentos de cérebro, Outros de só coração.

... mas algo, em mim, sempre me diz "resista" Minha primeira peça de teatro, O VERMELHO E O BRANCO, de 68, teve três ou quat...

... mas algo, em mim, sempre me diz "resista"

Minha primeira peça de teatro, O VERMELHO E O BRANCO, de 68, teve três ou quatro apresentações e foi proibida pela Censura Federal da ditadura “por ferir a dignidade da pátria e ser capaz de sublevar os ânimos da juventude”. Morreu ali.

A máscara é o mais característico objeto associado a esses dois anos de pandemia. Os infectologis...

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A máscara é o mais característico objeto associado a esses dois anos de pandemia. Os infectologistas consideravam-na imprescindível para impedir a contaminação e faziam contínuos apelos para que as pessoas a usassem em locais públicos. Sem esse higiênico tapume que nos cobria parte do rosto, era impossível sair de casa – e havia os que, mesmo no recesso doméstico, não a dispensavam.

O célebre álbum de John Lennon foi inicialmente lançado nos EUA em 9 de setembro de 1971 e no Reino Unido em 8 de outubro do mesmo ano. Aq...

O célebre álbum de John Lennon foi inicialmente lançado nos EUA em 9 de setembro de 1971 e no Reino Unido em 8 de outubro do mesmo ano. Aqui no Brasil, imagino que tenha chegado em fins de 1971 ou em começos de 1972. Eu estudava no Liceu à época e fui apresentado ao disco por um colega de classe, o carioca Bráulio, filho de um capitão do exército que então prestava serviço em quartel de nossa cidade.

Paraíba, 20 de março de 2022

Paraíba, 20 de março de 2022

Quiseram os compositores de música que sentíssemos o mesmo que os inspirou? Seus arroubos à poesia, conflitos e indagações? Suas dúvidas e...

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Quiseram os compositores de música que sentíssemos o mesmo que os inspirou? Seus arroubos à poesia, conflitos e indagações? Suas dúvidas e esperanças, amores e rancores? Só pode. Está tudo nas entrelinhas, ocultos ou revelados nas partituras, na sugestiva combinação estética dos sentimentos, no poder que brota dos íntimos e profundos recônditos da emoção.

O POLÍTICO Quando ele nasceu, foi batizado com o nome de Carlos (Karl) Frederico (Friedrich), homenagem a Karl Marx e Friedrich Engels...

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O POLÍTICO

Quando ele nasceu, foi batizado com o nome de Carlos (Karl) Frederico (Friedrich), homenagem a Karl Marx e Friedrich Engels. Seu pai era um político que, em plena República Velha, tinha ideias socialistas e era ligado ao nascente sindicalismo brasileiro. Seus dois tios paternos pertenciam ao Partido Comunista Brasileiro e ambos chegaram a ocupar o cargo de secretário-geral do PCB, o posto mais elevado na estrutura partidária. Aos 12 anos de idade, o hiperativo e sagaz Carlos Frederico já lia obras como “O ABC do Comunismo”, de Bukharin, que lhe eram repassadas por um dos seus tios.

E se a escritora aceitar o meu convite? Tenho me perguntado cada vez mais, pensando como vai ser, o que devo fazer, pois gosto muito de d...

E se a escritora aceitar o meu convite? Tenho me perguntado cada vez mais, pensando como vai ser, o que devo fazer, pois gosto muito de deixar tudo planejado.

Ah, sim: antes de continuar, deixem-me apresentar a escritora. Trata-se de Marlena de Blasi, jornalista que escrevia para vários periódicos norte-americanos sobre gastronomia internacional e crítica de restaurantes pelo mundo.

Dimas Batista de Toledo era (para não deixar em desuso um velho jargão do economês) um classe-média-baixa originário do serviço público. A...

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Dimas Batista de Toledo era (para não deixar em desuso um velho jargão do economês) um classe-média-baixa originário do serviço público. Aposentado, complementava o orçamento com alguns trabalhos contábeis.

Estabelecemos as nossas paralelas a partir de A União de Juarez Batista com um irmão do dr. Osias, Odemar Nacre Gomes, na gerência. Eu me firmando na redação e Dimas do outro lado, na parte contábil.

Volta e meia me pedem para falar sobre a campanha de 1986, aquela em que Burity deu um banho de votos em Marcondes Gadelha na disputa pel...

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Volta e meia me pedem para falar sobre a campanha de 1986, aquela em que Burity deu um banho de votos em Marcondes Gadelha na disputa pelo governo do Estado. Na época, aqui na Capital, só existiam três emissoras de ondas médias (as rádios Tabajara, Arapuan e Correio) e duas de freqüência modulada (Arapuan e Correio). As FMs adotavam a linha "vitrolão": somente música e notícias curtas, quase telegráficas. O quente ainda eram as AMs. Segundo avaliações trimestrais do Ibope,

Nas minhas aulas de literatura, costumo repetir, à maneira de um mantra, duas frases, que me parecem essenciais para quem quer lidar com...

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Nas minhas aulas de literatura, costumo repetir, à maneira de um mantra, duas frases, que me parecem essenciais para quem quer lidar com o fenômeno literário na condição de leitor crítico ou de professor de literatura:

“Por melhor que seja a análise feita de uma obra literária, ela não substitui a sua leitura.” “Não cedam à razão da autoridade, mas à autoridade da razão."

      Só sei que vou te amar I À quantas anda a secura de tua boca? Fulgura ainda em teus lábios a liga do beijo? Entendas que...

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Só sei que vou te amar
I À quantas anda a secura de tua boca? Fulgura ainda em teus lábios a liga do beijo? Entendas que é breve o que se diz eterno. E que a intenção revela-se no mesmo segundo que a mão esbofeteia.

Flagrei-me ao lado do escritor, artista, crítico, intelectual e pensador Waldemar José Solha , e de sua adorável esposa Ione, quando os do...

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Flagrei-me ao lado do escritor, artista, crítico, intelectual e pensador Waldemar José Solha, e de sua adorável esposa Ione, quando os dois comemoravam, em Paris, suas bodas de ouro, em 2015.

Poder ter participado de uma tarde dentre os dias dessa festa é algo que guardarei comigo para sempre. Nos dias de hoje, invadido por redes sociais, em que vemos tantos casamentos de fachada, não é para qualquer um passar cinquenta anos de sua vida ao lado de outra pessoa.

Pouquíssimas coisas me falam tanto à alma quanto a velha máquina de costura de Dona Vininha, minha mãe. Tão logo me dei por gente, na idad...

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Pouquíssimas coisas me falam tanto à alma quanto a velha máquina de costura de Dona Vininha, minha mãe. Tão logo me dei por gente, na idade das primeiras descobertas, eu me pus a admirar o modo engenhoso como aquela caixa de madeira acomodava o bloco de ferro pintado em tom escuro. A cor negra realçava o emblema dourado com o símbolo da fábrica, na base mais grossa, aquela com tronco e pescoço para a roda e a correia.

Procissão Voz que ecoa dos gestos Um povo em procissão Passos lentos Cadência solene Coreografia do corpo da humanidad...

Procissão
Voz que ecoa dos gestos Um povo em procissão Passos lentos Cadência solene Coreografia do corpo da humanidade Destino irrevogável Somos um só Organismo vivo Somos um milagre - Quem nos explica ? O Supremo se derrama sobre nós Presença da estrela Faz brilhar o meu chapéu Rasgadas dores Pise devagar nas flores Cuidado com o degrau Deixe para trás seus pertences O tanque pesado cospe fogo Mata a Pátria O tempo de espera Dos meninos Que não voltam nunca mais A guerra que está lá Bate no meu coração No seu coração No nosso coração Mais coragem do que palavras vãs Para viver a Paz No silêncio claro Onde o amor vacilou Na ganância Na lama dos pés sem descanso Na fome Nos excessos O ar que respiro é um Se eu morrer morres também Aprendo a ler As pedrinhas do chão A mansidão do olhar das vacas A generosidade das abelhas Daí sou rainha Canto o mundo O quero inteiro O igual e o desigual Todos na asa leve do Anjo A cada dia gratidão Saí com vida ! É vida ! Alegria generosa Do jogo insano De mãos dadas com o perto E o longe Com a terra que não nega Fartura Homens sonegam comida e água Roubam encanto Do quintal da liberdade Distraída brincadeira de existir A luz alheia Faz de mim amor O leito do rio doce A morada limpa de sangue A mulher menstrua O homem sangra O coração da espécie O sol da bandeira do mundo Seca feridas No varal do tempo Clamor da fé Em procissão Um acorde Um acordo O estado simples da poesia Sem saber se é noite ou dia Anestesia Cria O caminho onde não há São luzes Da raiz do umbigo Coroa do tempo Que volta do redor do mundo Contas do rosário Na reza das mães Rola uma lágrima Pela terra perdida O sonho senhor da vida Carrega o andor De cetim lilás da esperança O anjo vivo Uma criança.
A rosa mulher
Tua cor rosa pálido A linda príncipe negro Rosa poesia De lábios macios Pele de seda Afrodite Emergindo das espumas Em você , Rosa Sonho acordada Teu rosto clássico A corola guardada Anoitece encarando a lua Olhando para o espaço Tão nua Amanheces vestida de orvalho Em ti meus sentidos Se expandem Sou perfume Na paisagem de ninguém Sinto a terra girar Mas nada importa Penso redondo Que força herdei De tua feminilidade !! Dou- me conta Do tempo Do mundo E do meu lugar Num e noutro Somos Eu e você Empoleiradas num globo giratório Tontas de amor Vidas no espaço Neste viver engolfado Sobreviveremos A séculos de chuvas Mares que se avolumam Guerras injustificáveis E a dor de um mundo Sem graça
I
Entre as margens A vida flui sossegada O corpo é água Na espera ... do instante que a imaginação conduz Apenas estar Hoje lhe compete a ficção a força da água Velejando no asfalto do caminho
II
Acima a noite convés em alto - mar onde deito sonhos no tom azul de águas limpas A lua que olha através das nuvens se sobrepõe a qualquer sentimento Tudo em toda luz espelho Onde escrevo teu nome com batom grená
III
As uvas em Kama Sutra línguas Corpo que desliza no profundo Onde se cose o gemer sem dor

Os brasileiros acordaram há 32 anos quase lisos. Só podiam sacar apenas 50 mil cruzeiros novos de todo o dinheiro que mantinham em de...

Os brasileiros acordaram há 32 anos quase lisos. Só podiam sacar apenas 50 mil cruzeiros novos de todo o dinheiro que mantinham em depósitos. Pouco importava se a grana estivesse em aplicação financeira, conta corrente ou até mesmo na até então inviolável caderneta de poupança.

Era o plano Collor, que impôs um feriado bancário de 3 dias. Enquanto a ministra Zélia Cardoso de Melo e o presidente do BC, Eris, tentavam explicar que aquela grana confiscada seria devolvida em 18 meses com juros de 6% ao ano mais correção (o que não aconteceu), a população começou um ciclo de vida que mal comparando seria uma meia pandemia covid, eis que ninguém tinha a menor ideia de como sobreviver sem grana. A justificativa do governo era o controle da inflação e o investimento em projetos econômicos.