Durante minha última estada em Ouro Preto, recebi das mãos do escritor e historiador José Efigênio Pinto Coelho um presente valioso par...

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Durante minha última estada em Ouro Preto, recebi das mãos do escritor e historiador José Efigênio Pinto Coelho um presente valioso para quem, como eu, gosta de enveredar por trilhas paralelas às da história oficial. Muitas vezes, na pescaria histórica, os estudiosos lançam a rede e, no arrastão, descobrem muito mais do que o que era procurado. Foi o que aconteceu com meu amigo Zé Efigênio, grande pesquisador, historiador, restaurador, artista plástico e expert na obra de Aleijadinho.

Indicam-me a farmácia de manipulação “que fica defronte do jornal O Norte”. Como gostei, como me senti agradado! Reparei na menina, n...

Indicam-me a farmácia de manipulação “que fica defronte do jornal O Norte”. Como gostei, como me senti agradado!

Reparei na menina, não a vi com idade para fazer de um jornal fechado há quatorze anos um ponto de referência. Menina, recepcionista, se muito nos seus 20 aninhos.

E lá me vou, a memória se encarregando de povoar as casas hoje fechadas ou transtornadas da velha Pedro II.

Um pouco mais de tempo e João Pessoa chegará a tal patamar de população, inevitavelmente. Mesmo as projeções mais pessimistas indicam ...

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Um pouco mais de tempo e João Pessoa chegará a tal patamar de população, inevitavelmente. Mesmo as projeções mais pessimistas indicam que isto poderá ocorrer até 2030.

— O que esta dimensão representa? — Um alerta! — Uma luz amarela que se acende para lembrar que é hora de voltar olhares para prospecções em torno das dificuldades e necessidades que esta “vecchia signora”, hoje transformada, expandida e conurbada (com Cabedelo, Santa Rita, Bayeux e Conde) deverá enfrentar no seu porvir, dado que juntas já formam aglomerado urbano único.

A noite na beira do mar É outra noite A noite na beira do mar Tem sinfonia de ondas E quando tem luar Estrada de luz Q...

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A noite na beira do mar É outra noite A noite na beira do mar Tem sinfonia de ondas E quando tem luar Estrada de luz Quando é breu na noite A beira do mar tem estrelas E Deuses a bailar Sobre águas e areias A noite Uma fogueira Luz distante Saudades Faróis

Já era tarde muito tarde, eu estava cansado e confuso com o ocorrido e não esperava por aquilo. Aliás não esperava que nada viesse à t...

Já era tarde muito tarde, eu estava cansado e confuso com o ocorrido e não esperava por aquilo. Aliás não esperava que nada viesse à tona com tanta relevância. Mas não quero lembrar, se possível nunca mais.

A Arturo Gouveia e Pierre Menard, às suas maneiras, autores do Quixote Epigrama I De como extraí um epigrama do D. Quixote (Capít...

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A Arturo Gouveia e Pierre Menard, às suas maneiras, autores do Quixote


Epigrama I
De como extraí um epigrama do D. Quixote
(Capítulo XLV da quarta parte do Livro I)
D. Quixote começou grande caos na estalagem, envolvendo todo o mundo, gente nobre e criadagem: quadrilheiros da Irmandade e o senhor estalajadeiro, Sancha Pança e o padre, um barbeiro e outro barbeiro; D. Fernando e Cardênio, D. Luiz apaixonado, filha e mãe estalajadeiras, o Ouvidor interessado; Maritornes e as donzelas de beleza sem igual: Doroteia e Zoraida e Lucinda angelical. Ajudava a Irmandade o senhor estalajadeiro,

      Ontem te vi partir fechado como um livro esquecido na estante queria teu olhar por mais alguns instantes mas só vi indif...

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Ontem te vi partir fechado como um livro esquecido na estante queria teu olhar por mais alguns instantes mas só vi indiferença qual espora. Esperava que no livro eu leria mil histórias de amores, desamores dissabores esperança renúncia, belas conquistas de teu passado memória...

Eu estava saindo do Bompreço da avenida João Machado. Dirigia-me ao caixa quando fui surpreendido por uma mendiga magérrima com...

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Eu estava saindo do Bompreço da avenida João Machado. Dirigia-me ao caixa quando fui surpreendido por uma mendiga magérrima com uma sandália na mão perseguindo e espancando duas crianças raquíticas, minúsculas, que haviam entrado correndo no supermercado fugindo dela. Não teriam mais de 5 anos de idade. Uma das crianças deixava uma linha de xixi à medida que levava chineladas.

Percebo as imagens através da taça de vinho que revela muitos dizeres e pensares e olhares. Que traz à vida a ladeira que ficou um tem...

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Percebo as imagens através da taça de vinho que revela muitos dizeres e pensares e olhares. Que traz à vida a ladeira que ficou um tempo parada, nunca esquecida e que do vazio reviveu através das fantasias e antigas e eternas alegrias. Feito o beijo esquecido e desconhecido pelos becos e esquinas em todos os cantos, nos Quatro Cantos. E quando a festa acaba ficam pelo chão as lembranças das serpentinas e confetes, dos pés de muitas cores e dores, das latinhas esvaziadas e recolhidas para garantir o pão de alguém que vive em outra badalada vida.

Escapei no domingo quando o sol no ponto mais baixo do horizonte, metade da cara fora do mar, mal espreitava o mundo. Onde estacionei, ...

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Escapei no domingo quando o sol no ponto mais baixo do horizonte, metade da cara fora do mar, mal espreitava o mundo. Onde estacionei, à beira do calçadão, ele pouco via, além de mim, numa Manaíra deserta.

Ali, naquele instante, a movimentação maior provinha das folhas dos coqueiros sopradas por ventos tão indecisos quanto eu e, quem sabe, quanto os ocupantes dos três carros que por mim passaram em marcha lenta, um após outro, em intervalos de poucos minutos. Apesar de saber de obrigações e compromissos em qualquer horário,

Agora chegando. As sombras da tarde mergulhando para baixo do carro, mas no momento da colisão subindo para lamber o para-lama e toda ...

Agora chegando. As sombras da tarde mergulhando para baixo do carro, mas no momento da colisão subindo para lamber o para-lama e toda borda, dando a ilusão de que se atropela a silhueta estirada da fileira de casas, silhueta não exatamente reta, na margem direita, mas logo depois se percebe os frontões projetados até um ponto em que se afastam do carro, recuados e parcialmente indistintos, antes de sumir da visão. Mas então, depois, como que voltando. Freiar. Sempre esquecendo de tomar o remédio.

Tem dias que parecem nunca acabar. São dias melancólicos e sem brilho. Quando acontece, fico até pensando se é o tempo, ou sou eu que e...

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Tem dias que parecem nunca acabar. São dias melancólicos e sem brilho. Quando acontece, fico até pensando se é o tempo, ou sou eu que estou nublada. Pois é, às vezes me sinto assim, com vontade de hibernar, mas nem fera sou mais, acalmei as vontades, guardei as garras e a raiva, nublei à espera da chuva suave que não vem para alegrar meu coração.

Dia nublado é como a incerteza, não ajuda. Uma espera sem esperança, quieta. É insosso como arroz sem sal. No sertão, em dia nublado, as nuvens passam altas e pesadas, levando a chuva para longe.

Em 23 de fevereiro de 1973, com essa cara da foto, pus os pés pela primeira vez numa sala de redação, para trabalhar. Colaborações em ó...

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Em 23 de fevereiro de 1973, com essa cara da foto, pus os pés pela primeira vez numa sala de redação, para trabalhar. Colaborações em órgãos de Imprensa, desde o final dos anos de 60, talvez tenham chamado a atenção do secretário extraordinário de Comunicação Noaldo Dantas, amigo de um tio meu e que me convidou, numa de suas idas ao Cartório Souto, ali na Praça 1817, para trabalhar na redação da Secretaria de Divulgação e Turismo, atual SECOM.

Fosse "RESSURREIÇÃO - 101 sonetos de amor", de Carlos Newton Júnior, lançado numa época inflacionada pelas experimentações van...

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Fosse "RESSURREIÇÃO - 101 sonetos de amor", de Carlos Newton Júnior, lançado numa época inflacionada pelas experimentações vanguardistas, certamente seria execrado pelos que se propunham à invenção a todo custo, Por quê? Simplesmente por se tratar de um livro que celebra o soneto, gênero poético posto em disponibilidade pelos modernistas, revitalizado pela Geração de 45 e, posteriormente, desprezado pelo concretismo e seus desdobramentos.

Vocês já viram bichos-de-ruma se deslocando de um lugar pra outro? É uma visão que intriga a gente. Eles vão se arrastando um por cima ...

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Vocês já viram bichos-de-ruma se deslocando de um lugar pra outro? É uma visão que intriga a gente. Eles vão se arrastando um por cima do outro, formando um bolo esquisito.

A existência humana, geralmente, é constituída de tragédias que geram a perda da sensibilidade, da intuição e do desaparecimento dos re...

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A existência humana, geralmente, é constituída de tragédias que geram a perda da sensibilidade, da intuição e do desaparecimento dos referenciais quanto à dignidade. Diante disso, um dos desafios é priorizar a beleza de viver a partir da reconstrução dos afetos e conciliá-los às expressões de liberdade ao próprio pertencimento, a fim de tornar o comportamento humano uma manifestação estética, isto é, uma beleza moral.