Quando eu esculpia as primeiras frases compondo matérias para jornal, Luiz Augusto Crispim já havia se revelado artesão da palavra, chamand...
O pastor das tardes e das manhãs
Quando eu esculpia as primeiras frases compondo matérias para jornal, Luiz Augusto Crispim já havia se revelado artesão da palavra, chamando a atenção como adentrava na redação de O Norte, pela elegância corporal e inegável cultura. Lembro-me dele como o cronista da emoção e poeta da paixão que a professora Ângela Bezerra de Castro tão bem descreve.
Espelho Seria um espelho Ou um poço profundo, Que refletia imagens Que ainda não sei decifrar.
Retratos pálidos
Não será numa homenagem de formato multi-seccionado, contemplando vários temas e referências numa mesma agenda, que se faria, a contento, u...
Do magistério para a crítica
Não será numa homenagem de formato multi-seccionado, contemplando vários temas e referências numa mesma agenda, que se faria, a contento, uma abordagem mais ajustada ao perfil de intelectual e de mestra escritora de nossa Ângela Bezerra de Castro.
Fachada é rosto, tela, expressão que reflete épocas da arquitetura, urbana ou humana. Seja de casa ou de edifício, nela está o sorriso do q...
A imaginação em fachada
Fachada é rosto, tela, expressão que reflete épocas da arquitetura, urbana ou humana. Seja de casa ou de edifício, nela está o sorriso do que se constrói, o registro de uma era, a figuração ilustrativa do clima, da economia, da tecnologia e do modo de vida entre os povos. Como lado que é visto por fora, são as fachadas que definem o cenário das cidades e comunidades.

Se há algo que registra a história da humanidade como “Música Petrificada”, de forma tão intrínseca e genuína, é a Arquitetura. De todos os estilos, nas diversas eras, ela é a linguagem que mais exprime as emoções de maneira sólida, viva e eloquente. Da pré-história à modernidade, foi na perspectiva dos aglomerados urbanos que se evidenciaram os modos de vida, do relacionamento comunitário, que muitas vezes extrapolaram sentimentos fazendo brotar para a superfície das fachadas a intimidade que transcendia os ambientes internos e a alma que neles habita.
A técnica de construção conhecida como “Fachwerk” ou Enxaimel, que teve origem há quase 3 mil anos na Etrúria, parte da península itálica onde hoje fica a Toscana, é uma boa referência sobre o assunto. Muito usado na Alemanha, França e Inglaterra, com a intenção de pôr à mostra todo o sistema estrutural, o estilo tornou-se turisticamente muito apreciado pelos aspectos estéticos e históricos, amplamente encontrado em decantadas regiões da Normandia, Champanhe, Bavária, Saxônia e em cidades medievais suíças e inglesas.

A técnica consistia em preencher os espaços entre pilares, vigas horizontais e diagonais com tijolos, argamassa e até pedra grês, deixando a estrutura de madeira bruta aparente. Exemplos memoráveis podem ser vistos em bairros inteiros em Celle, Rothenburg ob der Tauber, Freudenberg, Blankenheim (Alemanha), Rouen, Troyes, Dinan (França) e até mesmo no centro de Londres, na sofisticada loja de departamentos “Liberty's”, modelo clássico e repaginado do estilo Fachwerk. Uma maneira de tornar visível em corpo, de forma graciosa, os segredos do esqueleto das edificações.

Embora remonte à Antiguidade, sobressaiu-se na Renascença como inovadora criação artística que deu vida, com ares de teatro e ópera ao cotidiano lírico das ruas e vielas, fazendo soar da Arquitetura sua bucólica melodia em pedra.

Réplicas deste romantismo perdido podem ser vistos em Camogli, Finalborgo, Gênova (Itália), assim como em Nice, Agde, Avignon, Gorbio e Menton (França).
São marcas indeléveis no tempo e nos sonhos, que em seu lugar de origem permanecem vivas, cultivadas, bem distantes de nossa arquitetura atual, cartesiana, funcional, tecnológica, que se transfigura na mesma velocidade com que vemos a vida passar...
Para os filósofos franceses Félix Guattari e Gilles Deleuze, há um devenir impopular no enredo do livro Ratman’s Notebooks (bestseller de 1...
A filosofia das trilhas sonoras
Para os filósofos franceses Félix Guattari e Gilles Deleuze, há um devenir impopular no enredo do livro Ratman’s Notebooks (bestseller de 1968) escrito por Stephen Gilbert, e que é base para o filme Willard (1971). Esse filme, que só conheci pela indicação dos filósofos constante no livro ‘MIL PLATÔS, Capitalismo e Esquizofrenia’, é dirigido por Daniel Mann, e tem no papel principal o ator norte-americano Bruce Davison, quando ainda tinha um quarto de século de vida.

Uma força inegável que realça e reinterpreta a narrativa do livro – e que pode explicar, em parte, essa “impopularidade popular” – é a música trilhada nos filmes. Na primeira montagem, adaptação para o cinema logo três anos após o lançamento do livro, temos a música de Alex North (1910-1991) que, desde a abertura do filme, com créditos e cena inicial
A música tem o primeiro corte justamente quando o carro do anti-herói, por assim dizer, o chefe da empresa, sa vci da fábrica e assusta Willard freando bruscamente quase que em cima dele. Essa sincronia de eventos da música que prepara, antecipa, refere, e alude a afetos e emoções é recurso não só do mundo cinematográfico, mas, advém de muito antes, já das obras incidentais e cerimoniais de tempos imemoriais.
North, para fazer um trocadilho com seu próprio nome, dá um “norte” à trama do filme que, apesar de estar rotulado no gênero terror, suaviza-se e ganha mais envolvimento com uma música criativa e interessante. Aos ratos, que saem da condição de intrusos num casarão tradicional norte-americano, passando a verdadeiros donos, ao fim do filme, são associados efeitos sonoro-temáticos próprios, de ritmo, timbres e arabescos rápidos ou gestos lentos a depender da intenção que se quis provocar no espectador.

Como dar sequência a uma pitoresca estória como esta? No ano seguinte, Ben ganha seu próprio filme, suplantando a própria ênfase do livro no personagem Willard: “quando Willard se finda, Ben emerge, e ele não está só”, diziam as campanhas publicitárias de lançamento. Aliás, caberia aqui a expressão de pergunta sobre a coragem ou bravura que Willard não teve e que se viu no ‘gabiru-herói’: és um homem ou um rato?...

Seja um “devir-animal”, – numa lembrança bem desenredada dos filósofos, com conceitos demasiado densos para que os traga aqui sem esmiuçá-los – seja a análise do discurso feita pelo profícuo e inteligentíssimo teórico literário canadense Northrop Frye, que emula a relação entre ritual, como “pré-consciente e animal”, e mito, como “consciente e humano”; tanto o livro, quanto os filmes, com a imaginativa e expressiva música, têm forma para bem além dos gêneros: uma criação arquetípica que releva nossa relação íntima com o mundo dos símbolos do qual a música é parte.

Voltanto à França de Guattari e Deleuze, Giacchino compõe a canção Le Festin que encerra o filme de modo altruísta, fazendo-nos respirar fundo, arrepiar de vontade em rodopiar nessa canção em valsa no estilo tradicional das ruas da cidade-luz, com o acordeão bem característico, e na interpretação da cantora parisiense Camille Dalmais.
Camile possui um timbre escolhido a dedo, tão suficientemente leve, agudo e nasal que se pode associar a Rémy, personagem principal, na felicidade da inauguração do restaurante La Ratatouille, em que ele é a estrela.
Ratos ou homens, rituais e mitos, em todos manifesta-se esse saber, ora alquímico, ora prático e objetivo: a música envolve, ambienta, serve à narrativa ou dela se serve para imprimir e afetar por meio de intrincadas tramas de subjetividade e simbolismo. Creio que mesmo transcendente à criatividade humana, a música, posto que manifesta em som, é em nós e através de nós.
Matinal A luz da manhã é um rio de saudade que invade meu silêncio.
As fontes do rio Ipojuca
Escrito por Platão, "O Banquete" (ou "Simpósio") é belíssima peça literária que faz apologia ao Amor. O texto, diferent...
O Banquete
Escrito por Platão, "O Banquete" (ou "Simpósio") é belíssima peça literária que faz apologia ao Amor. O texto, diferente dos demais produzidos pelo filósofo, descreve uma reunião festiva na residência do poeta trágico Agaton, da qual fazem parte inúmeros convidados famosos, a elite da sociedade ateniense.
No caminho da vila do Bujari, na região da Serra de Cuité, havia uma casa bem caiada, de três varandas com piso de tijolo e esteios de aroe...
O homem que procurava Deus
No caminho da vila do Bujari, na região da Serra de Cuité, havia uma casa bem caiada, de três varandas com piso de tijolo e esteios de aroeira. Era agradável de ver: ela arrodeada por canteiros de roseiras e plantas medicinais, cerquinha de ripa para amparar dos bichos, frondosas jaqueiras com sombra depois do meio dia e terreiro varrido onde se viam dois pavões criados soltos para o encanto de quem por ali passava.
Manifestações e protestos, desde que ordeiros e pacíficos, são uma demonstração inequívoca da liberdade de expressão. Embora muitos desejem...
Culpa ou responsabilidade?
Manifestações e protestos, desde que ordeiros e pacíficos, são uma demonstração inequívoca da liberdade de expressão. Embora muitos desejem limitá-la, a liberdade de expressão deve ser garantida e quem se sentir incomodado com ela deve buscar a justiça. O que não dá é para o estado se intrometer e cerceá-la, em nome do que quer que seja.
O autor Carlos Drummond de Andrade não era tão “gauche” quanto o eu lírico do “Poema de sete faces”: “Vai, Carlos! ser ‘gauche’ na vida”. C...
Impressões
O autor Carlos Drummond de Andrade não era tão “gauche” quanto o eu lírico do “Poema de sete faces”: “Vai, Carlos! ser ‘gauche’ na vida”. Com efeito, embora timidamente, por vias oblíquas, de acordo com o seu temperamento discreto, recatado, bem que ele cuidou, aplicadamente, da posteridade da sua poesia. Para tanto, lançou mão de um certo histrionismo para asfaltar o caminho de sua obra poética. Aliás, o simples fato de viver, durante um período, distante dos refletores, dos microfones da mídia, mais o expunha do que o escondia. Criou um tipo, como também o criaram J. D. Salinger e Dalton Trevisan, ambos reclusos num anonimato que tinha lá uma certa eficácia em termos de publicidade. E o que dizer do Jean Paul Sartre que recusou o Prêmio Nobel de Literatura? Que, não o aceitando, ganhou mais evidência, mais notoriedade.
Quero unir as forças invisíveis e intocáveis de todos recantos do globo em forma de ventos, que formem um poderoso martelo de sopros feroze...
Ventos
Quero unir as forças invisíveis e intocáveis de todos recantos do globo em forma de ventos, que formem um poderoso martelo de sopros ferozes ou uma suave brisa. Deuses e infernais, vindos do coração da terra e das águas, das montanhas ou planícies, viajantes dos desertos e mares, companheiros e inimigos dos navegadores aéreos, náuticos ou terrenos.
Em 1979 instalou-se uma filial da Livro 7, na Visconde de Pelotas, vizinha ao prédio da Associação Paraibana de Imprensa. A matriz da menci...
Ordem ao avesso
Em 1979 instalou-se uma filial da Livro 7, na Visconde de Pelotas, vizinha ao prédio da Associação Paraibana de Imprensa. A matriz da mencionada livraria, que revolucionou o mercado livreiro no Brasil, ficava no Recife. Era meu ponto predileto. Certa vez vi um livro denominado História da Loucura, de Michel Foucault, autor ainda praticamente desconhecido no Brasil, sobretudo na Paraíba.
Assim passa a glória do mundo, diz "A Imitação de Cristo”, do Frei Tomas de Kempis, frase que um monge repete três vezes, na coroação ...
Sic transit gloria 'e inglória' mundi
Assim passa a glória do mundo, diz "A Imitação de Cristo”, do Frei Tomas de Kempis, frase que um monge repete três vezes, na coroação dos papas. Difícil não lembrar o quadro “A Persistência da Memória” – cheio de relógios moles – de Dali. Ou meus retratos de criança, adolescente, jovem, adulto, sexagenário, velho. E a soberba frase latina sobre as horas: vulnerant omnes, ultima necat – “todas ferem, a derradeira… mata”. Claro que tudo isso me lembra Hamlet, São Francisco e São Jerônimo segurando crânios, cada um em sua hora de pensar na morte, seu memento mori. Claro que o tema me remete a meus primeiros livros, que sequer esperaram a posteridade pra serem esquecidos. A “O Salário da Morte” ou ao que no Youtube resta do filme cuja produção custou tanta esperança e sacrifício, meio século – caramba – lá atrás.

Bertrand Russell diz que ficou de boca aberta ante o que leu nos capítulos 14 ao 28, do Livro XI dessa obraConta-se que o Rei Astíages mandou matar o neto Ciro, temendo que ele um dia lhe tomasse o poder da Pérsia e o matasse – a mesma história de Laio e o filho Édipo. Não tenho nada parecido com um reino, mas quando o filho de meu filho nasceu, pintei um quadro comemorativo, em que um esqueleto ri feliz, voltando o rosto para o rechonchudo bebê gargalhante que ele leva nos ombros e de quem segura as mãos, feito um São Cristóvão com Jesus Cristinho.
Mas quem quer que vá ao fundo da coisa, quando o assunto é o Tempo, chega à análise dele feita por Santo Agostinho – o filósofo Agostinho de Hipona – em suas “Confissões”. Bertrand Russell diz que ficou de boca aberta ante o que leu nos capítulos 14 ao 28, do Livro XI dessa obra, e não é para menos: é aí que se liberta o pensador condicionado e limitado pela fé e passa a pensar por si mesmo. É famosa a maneira como entra no assunto:

O passado, diz ele, já não existe, o futuro não existe ainda. O que sobra é o presente milênio, o presente século, o presente ano, o presente mês, o presente dia, a presente hora - todos, na verdade, com partes passadas e partes futuras - , restando-nos o presente minuto, o presente … segundo, e sua subdivisão em mili-segundo, micro-segundo, nano-segundo – isto é: NADA. Quando você diz a segunda sílaba da palavra “presente”, a primeira já era.
Com tão geniais conclusões, o distantíssimo Aurelius Augustinus (que viveu de 354 a 430 d.C.) permanece até hoje no centro das elocubrações sobre o Tempo, mesmo depois de Einstein, pois ouvimos dele coisas impressionantes, como "Não o tempo, senão no tempo, Deus criou os céus a Terra", e que não tem sentido perguntas como “O que fazia Deus antes da criação do Universo”, porque “se Deus criou o tempo com o cosmo, então não houve Antes”, o que a Teoria da Relatividade confirma. Mas, apesar da... “inexistência do passado”, ao contrário dos meus livros, “Confissões” nunca foi efêmero, transit/ório, permanecendo incólume há dezesseis séculos, o que vale outra boa brahma pela sua glória.
E assim se passou o dia dos Namorados. Fiquei a pensar sobre o assunto e, como estou numa fase de acesso ao Fundo do Baú (comunidade virtua...
Fundo do baú
E assim se passou o dia dos Namorados. Fiquei a pensar sobre o assunto e, como estou numa fase de acesso ao Fundo do Baú (comunidade virtual da qual faço parte), completamente rendida às mídias sociais, revirei meus baús e... Nossa! Gostei do que vi.
Já tivemos morticínio em massa, em circunstâncias mais adversas, mas nunca como este. Tivemos flagelos com seu pico em 1877, fartamente nar...
À espera do Te Deum
Já tivemos morticínio em massa, em circunstâncias mais adversas, mas nunca como este. Tivemos flagelos com seu pico em 1877, fartamente narrado oral, artística e eruditamente. Com lances horripilantes, qual o de se sacrificar um ente da família para matar a fome dos demais. Coisas do Ceará, que também são nossas. Mas sempre restando um caminho ou um privilégio de resguardo, seja pelo clima, o do antigo brejo, ou pelo estrato social e econômico.

No cólera, que através de dois séculos tem sido a nossa referência mais pavorosa, morremos 10 por cento dos 300 mil habitantes de então. Notabilizaram-se os benfeitores da higiene pública com a feitura de cemitérios. Nossa Igreja da Misericórdia não cabia no calcário de seus paredões os ossos dos religiosos mais ilustres; os da pobreza não há registro, salvo no Piancó onde já existia um cemitério feito sob o pálio de um frei Serafim; o de Soledade, inspirando o nome do lugar, teve a mão do padre Ibiapina. Houve qualquer coisa do gênero na notícia que Wilson Seixas dá de Pombal.

As providências não eram muito diferentes das de hoje, quando o mundo dispõe de riqueza além do ouro para explorar a lua, os planetas, mesmo que se mate um negro como não se mata um porco, isto na nação mais rica de ciência e tecnologia. Um pavor de crime por uma ninharia certamente relegada se não fosse pela cor do delinquente.
Nunca imaginei enfrentar esta experiência depois de 87 anos de outras mazelas minhas e do meu povo. Os números da gripe espanhola e da febre amarela não ficam para trás, é certo. Mas a urbanização, hoje de 70 por cento da população, acabou com o isolamento natural da população rural. A vida geral e econômica era efetivamente agrícola, de densidade populacional rarefeita, morrendo-se mais de morte morrida, com os surtos da peste passando mais por longe. Se não havia médico rural também não havia urbano: o cólera nos pegou com 3 médicos e 2 acadêmicos. Foi quando Abdon Milanez ganhou fama, ao lado de um Poggi, um ascendente da Arnaldo da Beira Rio. Como agora, também não se contava com vacina, com nenhuma terapia de farmácia, só as de botica e os antifebris do mato ajudados pelo banho quente. O cólera matou no Estado o equivalente à população da capital.

O cólera, vindo do Pará e nos empestando através de Goiana, alastrou-se a partir de março e, já em maio, o presidente Pinto podia fechar com esse desafogo: “....a epidemia se acha quase extinta em todos os municípios, motivando todos, todos, homens livres e escravos, a celebrarmos a vida num grande e fervoroso Te Deum.”
Não merecemos menos, iremos ouvir de doutor João Azevedo e seus fiéis secretários a mesma clarinada para o Te Deum à vida e ao trabalho.
Eu fazia o segundo ano ginasial. Meu colégio não era nenhum modelo de prática pedagógica, mas gozava de prestígio na cidade. Estava longe d...
A peteca
Eu fazia o segundo ano ginasial. Meu colégio não era nenhum modelo de prática pedagógica, mas gozava de prestígio na cidade. Estava longe de ser, como se costuma dizer de certas escolas, “pagou, passou”. Também não impunha aos alunos grandes desafios; estudando razoavelmente, a gente conseguia passar de ano até chegar ao temido vestibular. Isso permitia que eu tivesse um razoável sucesso, pois as peladas e os jogos de botão não me impediam de fazer os deveres e me preparar para as provas.